sexta-feira, 27 de julho de 2018

DACHAU

SOBRE DACHAU:
Dachau é uma cidade que fica há aproximadamente 20 km de Munique e é mundialmente conhecida devido à presença de um campo de concentração em suas imediações. A maioria dos turistas que passam pela cidade costumam fazer passeios saindo de Munique, e vão direto ao campo de concentração. Porém, caso fique mais tempo, é possível aproveitar para conhecer o centro histórico da cidade.

PONTOS MAIS VISITADOS:
- Dachau Palace: localizado no centro histórico da cidade, este palácio foi construído por volta do século XVI, em estilo renascentista. Após séculos, ele foi invadido pelos soldados de Napoleão Bonaparte e durante tal invasão diversos danos e prejuízos foram causados ao prédio original.
- Campo de concentração de Dachau: o ponto alto e mais visitado da cidade. Há passeios saindo de Munique para lá, mas também é possível fazer como eu e pegar um trem e depois um ônibus até lá (e ir por conta própria). O campo de concentração foi aberto em 1933, nem dois meses após Hitler tornar-se chanceler alemão, e serviu como modelo para os outros campos que foram construídos posteriormente. Além de campo de concentração, o local funcionava como centro de treinamento da SS (onde soldados eram doutrinados em um sistema que estimulava a tortura e a humilhação). No local onde ele foi construído, havia uma antiga fábrica de munição durante a Primeira Guerra. Como todos os campos de concentração, logo na entrada é possível ler a inscrição “Arbeit Macht Frei” (O trabalho liberta). Esse campo era cercado com cercas de arame e 7 torres de observação, contava com 30 barracões que não existem mais; ele funcionou por cerca de 12 anos. Durante esse tempo, passaram por lá cerca de 200 mil pessoas de 34 nacionalidades das quais morreram cerca de 43 mil.  
É possível visitar o interior de um barracão e ver como eram o banheiro e os quartos, além do “barracão X” que é o mais chocante por abrigar uma câmara de gás onde era possível matar cerca de 150 pessoas num intervalo de tempo de 15 a 20 minutos com o uso do ácido prússico (Zyklon B). A visita ainda permite que se observe o local onde os prisioneiros rezavam (onde hoje foram construídos alguns monumentos), o antigo crematório que funcionou entre 1940 e 1943, a sala de desintoxicação e o bunker com celas de 70 cm x 70 cm, salas de interrogatórios com isolamento acústico e barracões destinados às experiências médicas como amputações e implantes (era feito um registro de tudo isso). É um passeio muito pesado e impactante. Recomendo que alugue um áudio-guia.
Indicações para chegar até lá: pegar o trem S2 no sentido Petershausen. 
Para saber mais:


REFLEXÕES DE UMA MOCHILEIRA (IN)EXPERIENTE:
Poucos lugares me causaram a sensação que tive ao entrar no campo de concentração de Dachau.. vamos aos fatos: primeiro, foi o primeiro campo de concentração que entrei na minha vida e o ambiente pesado é capaz de mexer com o emocional de qualquer um; segundo, como historiadora me senti ainda mais emocionada, vendo com meus próprios olhos um lugar tão assombroso e que marcou a história de muitas famílias até hoje.. e com emocionada quero dizer que foi uma mistura de diversas emoções diferentes: tristeza, perplexidade, atenção, e lágrimas me vieram aos olhos em alguns momentos.
Como tinha ido pra balada na noite anterior, acabei acordando um pouco mais tarde do que o previsto e perdi a hora do passeio que saía direto do hostel para o campo de contração, mas isso não fez com que eu desistisse desse passeio.. era algo que queria muito, entre tantas opções mais fáceis, descobri sobre esse trem que vai até a cidade de Dachau. Demorou um pouco mais do que ir direto com a excursão, mas cheguei lá e não me arrependo. Faria tudo de novo.... super indico a visita, mas para quem tem o emocional um pouco abalado acho melhor evitar. O local é riquíssimo em história, mas como eu disse, possui um clima muito pesado.
A visita a esse campo me marcou de uma forma indescritível, Dachau não foi o local que mais mexeu comigo, mas o que causou um impacto maior em minha alma mochileira.





segunda-feira, 16 de julho de 2018

MUNIQUE

UM POUCO DE HISTÓRIA:
Cidade conhecida como terra da cerveja, Munique fica localizada na região da Baviera, incialmente, habitada pelos celtas. A cidade da qual estamos falando foi fundada no ano de 1158, porém o fundador da cidade logo perdeu o controle dela para o nobre Frederico Barbarossa que entregou a cidade a um de seus vassalos. Cerca de 200 anos após sua fundação, a cidade de Munique foi destruída por um incêndio, tendo sido reconstruída e fortificada por ordens do imperador bávaro Luís IV (que ficou conhecido como o novo fundador da cidade). E desde então, a cidade foi desenvolvendo cada vez mais seu comércio e ganhando importância no cenário regional. Durante toda a Idade Média o principal produto comercializado era o sal.
Durante a época Moderna, Munique tornou-se um centro alemão contra as Reforma Religiosas. Em 1806, a cidade tornou-se a capital do novo Reino da Baviera.
Durante a guerra franco-prussiana (pela unificação alemã), a região da Baviera lutou ao lado da Prússia, e em 1871 foi concluída a unificação da Alemanha com a proclamação de Guilherme I como imperador. A situação começou a se alterar por volta do ano de 1918 quando a Alemanha foi derrotada na Primeira Guerra Mundial. Foi então que foi proclamada a república na região, formando o Estado Livre da Baviera e uma grande agitação política tomou conta da cidade. No ano seguinte, Munique se opôs às condições impostas à Alemanha pela Tratado de Versalhes e a população da cidade se viu cada vez mais dividida e polarizada entre pessoas de extrema direita e extrema esquerda. Nesse contexto, foram surgindo diversos grupos e até uma tentativa de golpe de Estado conhecido na história como Putsch de Munique.
Porém, no ano de 1933, os nazistas tomaram o poder efetivamente e transformaram a cidade em um centro ideológico do nacional-socialismo, chamando-a de “Capital do Movimento” (Hauptstadt der Bewegung). E, por isso, a cidade sofreu muito durante a Segunda Guerra Mundial, sendo muito bombardeada.
Outro ano que marcou a história de Munique foi 1972. Neste ano aconteceu um evento conhecido como o “massacre de Munique”, quando durante os Jogos Olímpicos, quatro homens armados da milícia Setembro Negro (grupo terrorista palestino) tomaram como reféns e assassinou diversos esportistas judeus da equipe olímpica israelense.



UM POUCO SOBRE A BAVIERA:

- A região onde se localiza Munique já teve status de reino e é, hoje, um dos 16 estados alemães e o maior deles. Localiza-se no sudeste do país e te por capital Munique. Durante a Segunda Guerra, a casa soberana da Baviera declarou-se inimiga do nazismo e a princesa foi interceptada e presa em 1944. Ela e os filhos foram para o campo de concentração de Dachau, mas logo voltaram à liberdade (1945, com o fim da guerra). Uma das princesas da Baviera (Maria Isabel) casou-se com D. Pedro II e foi a imperatriz do Brasil.
- A BMW e a Audi foram fundadas nessa região.
- O Estado também possuía os direitos autorais (deixados por Hitler) do livro Mein Kempf e se recusava a republicar o livro. Porém, ele se tornou se domínio público em 31 de dezembro de 2015. 

ATRAÇÕES TURÍSTICAS:
- Englischer Garten: parque com 4,17 km², possui duas vezes o tamanho do Central Park e um doa maiores parques urbanos do mundo. Esse parque é um dos principais pontos turísticos da cidade. Vários canais de água cortam o parque todo, as águas possuem uma tonalidade verde e muito brilhante. Há ainda vários lagos em volta dos quais as pessoas ficam tomando sol e tem até uma onda artificial onde se pode surfar no rio. Por ser muito grande (e pelo pouco tempo que tinha), não andei o parque todo, mas fiquei sabendo de várias coisas legais para se fazer por lá. Recomendo que quem tiver tempo passe um dia inteiro lá... se você tiver com pouco tempo, passe ao menos uma manhã ou uma tarde. O estilo desse jardim surgiu na Inglaterra no início do século XVIII e se espalhou por toda a Europa, substituindo os jardins simétricos de estilo francês do século XVII que predominavam no velho continente.

- Frauenkirche: a catedral de Munique (de Nossa Senhora Bendita), localizando-se no centro histórico da cidade. Trata-se de uma igreja católica cujas torres são visíveis de qualquer ponto da cidade, pois há um limite de altura (99 metros) para outras construções. A catedral foi construída em estilo gótico tardio em apenas 20 anos (1468-1488), porém as torres só foram acrescentadas em 1529. Ela é tão imensa que pode abrigar até 20.000 pessoas e possui vários vitrais coloridos, é realmente muito bela! Ela foi alvo de bombardeios durante a Segunda Guerra, sendo destruída e posteriormente restaurada em 1994. Na entrada há uma marca chamada de marca do pé do diabo e sobre isso há diversas lendas, uma delas diz que o diabo entrou na igreja e ao não ver nenhuma janela pensou que podia entrar lá e fazer o que quisesse, mas um raio de luz entrou pela janela e o queimou deixando sua pegada marcada no chão. No interior dessa catedral, fica o túmulo do imperador Ludwing IV da Baviera (ou do Sacro Império). Para chegar até a Catedral é possível passar pelo Karlator, um portão gótico de uma antiga fortificação medieval. Em frente a ele, há uma enorme fonte que funciona no verão e dá um banho na galera (estive lá no verão, mas dizem que no inverno é instalada, ali, uma pista de gelo ao ar livre).



- Marienplatz: “praça de Maria”, é a praça central da cidade, ao redor da qual se localizam a antiga e a nova prefeitura. É a principal praça de Munique desde sua fundação em 1158 e onde, na Idade Média, ocorriam os torneios e feiras. O nome original da praça era Schranne, porém o nome foi alterado para pedir proteção à Virgem Maria contra as pragas e epidemias que atormentavam as pessoas da região. Na praça, é possível observar a famosa Coluna de Maria construída no ano de 1638 para comemorar o fim da invasão sueca, no alto da qual há a imagem de Maria rodeada por quatro anjos que representam a vitória sobre quatro problemas enfrentados (a peste, a heresia, a guerra e a fome). Também nessa praça, fica a Fischbrunnen, uma fonte que funciona como local de encontro entre os populares da cidade. SUPER RECOMENDADO!


- Neues Rathaus (prédio da nova prefeitura): ao redor da Marienplatz, fica o prédio da nova prefeitura. Nesse prédio há o famoso Glockenspiel com sinos que tocam todos os dias às 11, 1 e 17 horas. Os seus bonequinhos contam a história do local em uma apresentação de 8 minutos que todos param para ver. Possui um carrilhão com 43 sinos (o menos pesando 10 kg e o maior 1.300 kg). Na parte superior é demonstrado o torneio que foi realizado para o casamento de um duque, medindo forças entre Baviera e Lorena. No piso abaixo é mostrada a graça de sobreviver às pragas que tinham se espalhado na região.


- Altes Rathaus (prédio da antiga prefeitura): também ao redor da Marienplatz, fica o prédio da antiga prefeitura. Nesse prédio há uma placa com o brasão das cidades parceiras de Munique e uma homenagem aos mortos no massacre dos Jogos Olímpicos de 1972. Mantém até hoje seu estilo gótico.

- Viktualienmarkt: é uma espécie de mercadão a céu aberto onde mais de 150 vendedores oferecem seus produtos. Desenvolvido inicialmente por agricultores para ser um mercado popular, ele funcionava na Marienplatz, porém a feira começou a tomar proporções que a praça já não suportava e foi transferido para o local atual que ocupa uma extensa área com 140 barracas que oferecem comida típica, frutas, cervejas, doces....

- Odeonsplatz: cenário de um tiroteio fatal durante o Putsch de Munique (em 1923). O local foi desenhado para funcionar como a entrada da cidade. Nessa praça localiza-se o Feldherrnhalle, um monumento construído a mando do rei Ludwing I como símbolo das honras do exército bávaro, e contém estátuas de líderes militares, sua escultura central foi adicionada no ano de 1882 após a guerra franco-prussiana.

- Residenz de Munique: é o maior palácio urbano da Alemanha. Sua construção teve início em 1385, mas foi passando por diversas reformar que o transformaram em um luxuoso palácio com 130 cômodos. Esse local foi utilizado como residência real dos reis bávaros até o fim da Primeira Guerra. É muito recomendada a visita, mas também não tive a oportunidade de conhecê-lo por dentro, apenas vi sua fachada.
- Cervejaria Hofbräuhaus: trata-se de uma das cervejarias mais famosas da cidade, no local funcionava uma antiga fábrica de cervejas que foi transferida e de local e a cervejaria abriu suas portas às pessoas. Ela foi frequentada por importantes personagens históricos como Lenin e serviu como palco de diversas reuniões políticas importantes, porém ela foi destruída durante a Segunda Guerra e só foi reconstruída no ano de 1958. É um ponto turístico tão famoso que chega a receber mais de 30.000 turistas por dia.
- Teatro nacional: possui uma arquitetura muito bela externamente, mas não conheci seu interior (infelizmente).
- Olympiapark: parque construído para os Jogos Olímpicos de 1972. Além da grande área verde, dentro do parque há um estádio, uma piscina coberta, pistas de ciclismo e patinação sobre o gelo, um aquário de peixes mediterrâneos e tropicais e uma torre de televisão com um restaurante giratório que possibilita uma incrível vista do parque.
- Museu BMW / BMW Welt: não cheguei a conhecer, por isso, tenho pouco a dizer, mas muitos indicam como um ponto interessante para visitar na cidade. É um museu que mostra a evolução das peças dessa famosa marca, e possibilita uma visita à fábrica. Já o BMW Welt fica próximo ao Parque Olímpico e possui diversos veículos em exposição, além de funcionar como espaço para eventos culturais.

Há ainda opções de passeios para cidades próximas... uma das opções é visitar a cidade de Dachau, onde fica o primeiro campo de concentração construído na Alemanha. Quer saber mais sobre Dachau?? Aguarde a a próxima postagem!!

- Campo de concentração de Dachau:  clique aqui para ler mais sobre!



PARA CURTIR A NOITE:
- A cidade conta com diversas baladas noturnas e famosas como Pacha, P1 e 089. Não posso comentar sobre elas, porque fomos barrados nessas três devido ao número de pessoas em que estávamos (8 pessoas) e porque não estávamos “bem vestidos” (leia-se, os meninos não estavam de camisa). Sim, já tinham nos avisado que seria difícil a gente conseguir entrar, mas tentamos mesmo assim. Por fim, conseguimos entrar em uma outra balada chamada 8Season (porém, só conseguimos entrar porque metade do grupo tinha desistido e estávamos em apenas 4 pessoas). Essa balada é com muita música eletrônica, e o espaço é bem legal. Pelo que falaram, lá rolava várias festas temáticas como a fantasia.
- Biergarten Augustiner Keller: Se você não quiser pegar uma balada, há outra opção: os famosos Biergarten que são barzinhos típicos de Munique e são O MÁXIMO! Trata-se de uma área ao ar livre. Esse tipo de “jardim da cerveja” desenvolveu-se na Baviera durante o século XIX e nessa época a cerveja escura era predominante. Durante o século XVI foi proibida a produção da cerveja nessa região devido aos incêndios nas fábricas, por isso, as granes cervejarias armazenavam as cervejas próximo aos rios que eram lugares frescos. Logo depois, essas adegas, além de armazenar, passaram a servir a cerveja, colocaram bancos entre as árvores e esses lugares tornaram-se populares. Para não falir as cervejarias tradicionais, o rei proibiu a venda de comida nesses locais, mas isso não impediu o povo de frequentá-lo, pois passaram a levar seu próprio alimento de casa, prática comum ainda hoje mesmo a venda tendo sido liberada. O que é PROIBIDO é levar a própria bebida. Lá são servidas cervejas por litro naquelas canecas gigantes. Nesse local, sempre há apresentações de bandas típicas e os alemães são muitíssimo animados, todos dançam (inclusive em cima da mesa.. hhahaha). É o segundo maior biergarten de Munique com capacidade para 7000 pessoas. SUPER RECOMENDADO!


INFORMAÇÕES E CURIOSIDADES:
- Já no aeroporto nos assustamos com o preço das coisas, pagamos 3,25 em uma água e 11 na passagem de trem. Ou seja, o custo de vida na cidade é bem alto.
- É uma cidade bem segura, com baixo índice de criminalidade e nota-se isso andando nas ruas.
- Há uma lei na cidade que diz que nenhuma construção pode ser mais alta do que as torres de Frauenkirche (igreja destruída na época da Segunda Guerra).
- Há estátuas de leões espalhadas por toda a cidade. Diz uma lenda bávara que se você esfregar o focinho do leão, você terá sorte para a vida inteira.
- A maioria dos hostels oferecem um walk-tour gratuito, geralmente saindo na parte da manhã do próprio hostel. Apenas informe-se na recepção para poder se programar já que cada dia, há um passeio diferente.
- Munique é uma das cidades mais ocidentalizadas na Europa, limpíssima, conservadora (ao contrário de Berlim), muito bem organizada, com ciclovias para todo lado e onde as pessoas se vestem muitooo bem.
- OKTOBERFEST: A festa mais famosa em Munique e conhecida no mundo todo surgiu em 1810 com o casamento de Luís I da Baviera e Teresa de Saxe-Hildburghausen. Para comemorar o casamento foi organizada uma corrida de cavalos para a qual foram convidados todos os habitantes de Munique. A festa fez tanto sucesso que foi repetida nos anos seguintes, sempre no mesmo local, como ainda ocorre até hoje. Recebeu o apelido de festa da cerveja e é comemorada todo ano a partir do primeiro sábado depois do dia 15 de setembro. Atualmente, recebe cerca de 6 milhões de visitantes por ano e dura 16 dias.
- Existe na região da Baviera desde 1487 uma lei conhecida como “lei da pureza” que estabelece apenas quatro ingredientes para se fazer uma cerveja: água, malte de cevada, lúpulo e levedura de cerveja. Essa lei é seguida até os dias atuais pelas cervejarias locais, que afirmam que isso é uma garantia de qualidade.



SOBRE HOSPEDAGEM: Wombats Hostel, é uma rede de hostel que recomendo pra caramba. Super agradável, quartos limpos, amplos, conta com happy-hour todos os dias, banheiros privativos. Ficaria novamente sem pensar duas vezes.
($) Gasto em três dias: 165,00 euros sem hostel e 243,00 euros com hostel (cotação do euro na época R$2,75)



REFLEXÕES DE UMA MOCHILEIRA (IN)EXPERIENTE:
Vamos lá... a minha passagem por Munique foi breve e foi a primeira cidade que conheci na Alemanha. Me chamou muito a atenção pela organização da cidadã e não sei colocar em palavras, mas algo mais me chamou atenção nessa cidade diferente de tudo que conhecia até então. Munique foi a terceira cidade pela qual passei no meu primeiro mochilão pela Europa (porém era minha segunda viagem ao continente), e fiquei deslumbrada com o que vi, era uma cidade diferente do que eu esperava, e muito diferente de todas as outras cidades europeias que conhecia até aquele momento. Como disse acima, o preço das coisas já foi algo que chamou atenção também, lá o custo de vida é bem elevado. Após três dias na cidade, tive a certeza que gostaria de conhecer mais da Alemanha, mas dois anos depois quando conheci Berlim, percebi que as duas cidades mais conhecidas da Alemanha são completamente diferentes (parece que nem ficam no mesmo país). Munique é uma cidade muito mais conservadora e todos os sentidos. Andando pelas ruas, é muito fácil encontrar pessoas vestidas em trajes sociais prontas para o trabalho ou turistas pelas ruas (é fácil distinguir um turista de um local). Em fins de semana ou fim de noite, também é muito comum encontrar, pelas ruas, alemães vestidos em trajes típicos. Tudo isso me encantou. Ideia besta essa que eu tinha de achar que as cidades são parecidas por ficar no mesmo país, afinal, olha a diversidade aqui no Brasil. Lá, a diversidade é gritante também. Entre Munique e Berlim? Prefiro Berlim por seu uma cidade muito mais alternativa, não gosto de conservadorismo, mas não nego que Munique vale a visita e desejo voltar para lá, ao menos, mais uma vez. Uma cidade pela qual ficou um carinho enorme em minha memória.